Já imaginou se você pudesse ter uma jornada de trabalho com 4 dias semanais? Esse sonho está se tornando realidade em diversos países europeus.
No último dia 15 de fevereiro, a Bélgica entrou para o grupo de países que está dando aos trabalhadores a possibilidade de distribuir sua jornada semanal por quatro ou cinco dias.
O projeto mantém a mesma carga horária semanal, mas dá mais liberdade para os trabalhadores fazerem o seu próprio horário de trabalho.
Projeto visa tornar economia mais dinâmica
De acordo com Alexander de Croo, primeiro-ministro da Bélgica, o objetivo do projeto é tornar a economia mais dinâmica, melhorando a compatibilidade entre família e trabalho.
Ele ainda destaca que a flexibilidade vai mais longe. Pois a jornada clássica de trabalho na Bélgica é de 38 horas semanais.
Entretanto, o empregado terá a possibilidade de trabalhar 45 horas em uma semana e deduzir as sete horas adicionais na semana seguinte.
Sendo assim, o regime de quatro ou cinco dias de trabalho é uma decisão do próprio trabalhador, podendo ele renovar ou alterar o pedido a cada seis meses.
Islândia também tem jornada de trabalho abreviada
A Islândia, entre os anos de 2015 e 2019, testou com 2.500 trabalhadores um projeto semelhante ao da Bélgica.
As jornadas de trabalho foram reduzidas de 40 horas para 35 ou 36, mantendo-se a mesma remuneração. O estudo foi feito pela Associação de Sustentabilidade e Democracia e pelo think tank britânico Autonomy.
A conclusão do estudo foi de que o bem-estar dos funcionários melhorou significativamente, os processos de trabalho foram otimizados e foi estabelecida uma cooperação mais estreita entre os colegas. A produtividade se manteve idêntica ou até aumentou.
Logo após a fase de testes, sindicatos e associações começaram a negociar a diminuição permanente da jornada de trabalho. Hoje em dia, aproximadamente 86% dos trabalhadores islandeses já têm direito a uma semana de quatro dias.
Escócia e País de Gales estão testando a nova jornada de trabalho
A Escócia está atualmente testando a semana com quatro dias. Várias empresas que estão participando do projeto recebem do governo um aporte de aproximadamente 10 milhões de libras esterlinas.
Já no País de Gales a pauta ainda está em discussão. Pois, a Comissária das Gerações do Futuro, Sophie Howe está fazendo reivindicações nesse sentido, ao menos para os funcionários públicos.
A Suécia também chegou a fazer testes, mas as conclusões foram bastante ambivalentes. Políticos da esquerda do país, acharam a implementação cara, já as microempresas gostaram da ideia e adotaram a carga horária reduzida.
Outros países que também estão adotando a medida
Na Espanha a semana de quatro dias também foi proposta a pedido do partido de esquerda Mais País. Aproximadamente, 6 mil funcionários de 200 pequenas e médias empresas poderão prolongar o final de semana em mais um dia.
O experimento terá uma duração de aproximadamente um ano, no entanto ele ainda não tem data para começar.
Na Alemanha algumas startups estão experimentando a jornada mais curta, e no Japão grandes empresas como a Microsoft estão dando um fim de semana longo por mês para seus colaboradores.
Já na Nova Zelândia, a multinacional de alimentos e produtos farmacêuticos Unilever está testando a semana de quatro dias com a mesma remuneração por cerca de um ano. Caso tenha sucesso, a empresa pretende expandir o modelo para outros países.
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