Criado nos Estados Unidos, o contrato de vesting surgiu com o intuito de alinhar os interesses das empresas com os envolvidos no negócio e que almejam o crescimento em conjunto.
Até pouco tempo, não sabia muito bem do que se tratava esse contrato, mas com o progresso da STU X HUB tive a necessidade de pesquisar e entender melhor sobre como funcionava e qual a sua importância no mundo das startups.
Esse tipo de contrato beneficia as empresas e os parceiros do negócio – sejam eles colaboradores, investidores, acionistas ou sócios é uma forma de motivar os parceiros a participarem do negócio garantindo aproveitamento e crescimento futuro.
Startup é um negócio escalável de extrema incerteza e que trabalha de forma enxuta (gastando-se o mínimo possível), o contrato de vesting se encaixa perfeitamente como um mecanismo de redução de custos e que incentiva a colaboração de ambas as partes para o crescimento da empresa.
LEIA MAIS: Intercambistas lançam rede social para quem sonha em estudar no exterior
Imagine que você está criando uma empresa que possui como base de desenvolvimento a tecnologia. Certamente irá precisar de um desenvolvedor ou programador com habilidades para tirar seu projeto do papel. Para evitar custos com contratações no início da empresa, onde ainda predomina um ambiente de incertezas e validações, o empreendedor pode oferecer uma fatia do negócio em troca dos serviços prestados pelo colaborador.
O contrato de vesting pode ser estabelecido de duas formas: por prazo ou por objetivos.
Quando o contrato é estabelecido por objetivos, precisa predefinir as metas que garantirão a participação da startup ao parceiro quando forem atingidas. Mas claro, é necessário estabelecer objetivos que sejam possíveis de atingir e sejam mensuráveis. O contrato precisa ser viável e interessante para ambos.
Quando o contrato é estabelecido por tempo ou prazo, o parceiro terá sua participação negociada conforme o tempo que estiver envolvido na empresa. É necessário acordar em contrato o período que ele deverá permanecer no negócio. Caso ele decida sair antes de vencer o prazo negociado, terá sua participação calculada proporcionalmente ao tempo que permaneceu na startup, se deseja manter o seu parceiro na companhia, essa é a opção mais recomendada.
O contrato de vesting é importante para startups por proteger os interesses da empresa e dos parceiros, garantindo aos envolvidos que eles terão sua participação de acordo com o desempenho e progresso da companhia. Além disso, o vesting deve ser utilizado entre sócios, o que garante segurança ao empreendedor caso algum deles desista da empresa e possa trazer alguma consequência negativa para a startup. Assim, o sócio que sair só terá direito ao proporcional que estiver assegurado pelo contrato, sem descapitalizar a empresa em um momento crucial.
Startups que estão em early stage (fase inicial) podem e devem utilizar o contrato de vesting para se garantir em relação ao negócio e as participações deste, mas o contrato precisa ter todas as cláusulas e possíveis situações bem definidas. Para que isso aconteça é fundamental contar com advogados ou empresas que tenham experiência nesse tipo de contrato.