Claudio Renan nasceu no interior do Rio Grande do Sul, na cidade de Rio Grande. Como a maioria dos negros e pardos do país sentiu desde cedo as dificuldades surgirem em sua vida.
Ainda criança, mudou-se para Porto Alegre em idade escolar. Na escola, dentre as dificuldades impostas pelo ensino público, Claudio Renan enfrentou também a grande dificuldade de lidar com a gagueira em convívio social.
O executivo salienta que apesar das adversidades isso nunca foi um impeditivo para ele sonhar alto. Afinal, mesmo sendo gago, Claudio nunca perdeu a sua autoconfiança.
Ele conta um episódio em que a professora pediu para alguns alunos fazerem a leitura em voz alta de uma parte do livro que estavam estudando. Como ninguém queria fazer, ele foi o único que se prontificou.
As risadas foram inevitáveis, a professora chamou atenção da turma, apontou que estavam rindo do único que levantou a mão para ler, mas Claudio disse que já estava acostumado com isso, e que o episódio não foi capaz de deixá-lo abalado.
Na base familiar a educação sempre foi prioridade
Claudio é um retrato de um Brasil que clama por oportunidades. Ele salienta que apesar dos pesares, sempre teve incentivo e apoio da família para estudar. No entanto, ele entende que muitos outros negros e pardos da periferia não têm.
Como bom aluno, ele nunca reprovou de ano, mas sem condição financeira para entrar em uma universidade de tecnologia empilhou diversos cursos técnicos.
Claudio recorda quando conseguiu o seu primeiro estágio no departamento de informática da Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul e poucos meses depois ele já havia sido efetivado no cargo.
Sabe o que ele fez? Se matriculou em um curso de inglês, onde estudou por dois anos. Na sequência ele fez um novo curso técnico e mesmo assim, as dificuldades em conseguir um novo emprego continuaram. Porque ele ainda não tinha experiência na nova área.
A solução foi propor um estágio remunerado de 6 horas em uma grande empresa
No entanto, devido ao seu empenho Claudio foi chamado e aprovado para um estágio remunerado de 8 horas. Ele então começou a estudar e conviver com outros profissionais da área. Todos de origem branca que tiveram mais oportunidade de se capacitar.
O tempo passou, ele foi efetivado, mas com um salário bem abaixo do que o piso da categoria. Foi então que recebeu uma boa proposta de uma empresa concorrente e não hesitou em aceitar.
Lá ele ficou por 4 anos, tirou mais três certificações e implementou a cidade digital em anel com fibra óptica na cidade de Novo Hamburgo sozinho.
A primeira oportunidade de morar fora do Brasil
Após ser desligado da empresa, Claudio teve a oportunidade de fazer o seu primeiro intercâmbio na Austrália. Durante 6 meses ele ficou indeciso e preocupado, mas decidiu embarcar nessa.
Ele conta que chegando lá foi abandonado no aeroporto e se viu sozinho em um país distante. Foi então que teve uma grande ideia: criar um grupo de trabalho no Facebook para brasileiros riders delivery e o grupo Papo de Intercâmbio, passava horas e dias auxiliando brasileiros que moravam na Austrália e assim conheceu pessoas e aprendeu a administrar grandes comunidades.
Foi aí que o sonho foi sendo construído. Ele começou a ampliar os seus contatos, ver pessoas ingressando no mercado de trabalho e surgiu a grande ideia: construir a Diverx, uma startup para fomentar a inclusão e diversidade no país.
O nascimento de um sonho
A Diverx é o sonho do Claudio que um dia começou a sua carreira lá embaixo e com muito esforço chegou ao topo, mas ele não esquece suas origens.
Hoje, ele se dedica nesse projeto que tem uma importante missão: diminuir a desigualdade social e racial no país. A Diverx nasce com esse importante propósito.
Por meio de uma plataforma integrada, ela visa a educação, capacitação e empregabilidade. Onde gratuitamente os alunos negros podem participar de um programa de capacitação e aceleração chamado Bootcamp.
Assim que eles terminam o curso recebem um certificado de capacitação e podem acessar o painel de empregos nas empresas parceiras da Diverx. A ideia é incluir a comunidade negra em cargos de liderança das empresas.
As empresas só ganham com essa iniciativa
As empresas parceiras da Diverx só ganham com essa iniciativa. Afinal, por meio da diversidade nos cargos de liderança elas passam a entender melhor os seus clientes.
Sem contar que estão contribuindo para diminuir a desigualdade racial no Brasil, que é histórica. São essas empresas que estão ajudando a realizar esse sonho.
A Diverx está apenas chegando ao mercado, mas o seu propósito é nobre: transformar o Brasil em um lugar muito mais justo para todos!
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