A nova rede social queridinha do momento, Clubhouse, foi lançada por Paul Davison e Rohan Seth, ambos ex-funcionários do Google, em abril de 2020 em meio à pandemia.
O Clubhouse é uma rede social com base exclusivamente em áudio, onde os participantes podem criar salas com temas livres e ficar por horas conversando sobre aquele tema.
A rede social ganhou muita fama nas últimas semanas depois que diversos famosos aderiram à plataforma, como Elon Musk, fundador da Tesla, cantores como Caetano Veloso e Drake, o ator Ashton Kutcher, e a apresentadora Oprah Winfrey. Atualmente o Brasil foi um dos dez países que mais buscou por “Clubhouse”.
A rede social baseada em conversas de áudio permite a criação de salas de bate-papo com duração pré-determinada e sobre temas específicos. Todas as interações acontecem por áudios e ao vivo. Não há fotos ou vídeos, e não é possível gravar.
Ao se cadastrar, é preciso preencher seus gostos pessoais nas categorias: Artes, Hustle, Lugares, Bem-Estar, Identidade, Entretenimento, Assuntos Mundiais, Vida, Esportes, Línguas, Fé, Conhecimento, Tecnologia e Saídas. Em cada uma delas, é possível selecionar uma série de palavras-chave que se relacionem com o seu gosto.
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Depois da escolha, o aplicativo calcula uma lista de pessoas relacionadas com esses gostos para você seguir. E no feed principal, aparecem várias salas de conversa também relacionadas com seu gosto ou criadas por pessoas que você segue.
Cada uma das salas tem um assunto sendo discutido. Assim, você pode ver qual te interessa e entrar. O moderador escolhe quem fala e as demais pessoas podem apenas entrar para ouvir. Tudo acontece em tempo real, com discussões ao vivo que não ficam salvas depois.
Se tiver interesse em se manifestar, é possível pedir para falar apertando um botão de “levantar a mão”. Com isso, algum dos moderadores pode te passar de ouvinte para palestrante. Se não estiver interessante o assunto da sala que entrou, é possível sair clicando no botão de “sair silenciosamente”, para sair da sala sem chamar atenção e pode ir para outra sala.
Há também as salas que têm data marcada, sendo possível adicionar eventos à sua agenda. Também dá para criar salas com seus amigos, familiares ou colegas de trabalho.
A nova rede social funciona muito mais de forma corporativa do que pessoal, está muito mais próxima do LinkedIn do que do Instagram , Facebook ou Twitter. É bastante comum por exemplo, encontrar salas sobre marketing digital, empreendedorismo, assuntos de importância política e econômica.
A vantagem do aplicativo é que você pode entrar na sala, travar a tela do seu celular e continuar fazendo suas coisas e ainda assim consumindo o conteúdo. Ele seria como uma mistura de live e podcast, e esse é um dos motivos de ter atraído tanto o gosto das pessoas.
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Mas não basta só baixar o aplicativo, o Clubhouse tem uma estratégia de cadastro baseada em convite, causando a sensação de exclusividade que faz com que desperte mais a vontade das pessoas de “pertencer” a algo.
Os fundadores alegam que na verdade não existe a intenção de exclusividade, segundo eles, é mais limitado por ser um aplicativo em teste e por isso não liberam para todos. Mas é fato que o convite também está atraindo muitas pessoas, por passar esse tom de exclusividade.
Mas por enquanto funciona assim. Então, inicialmente você precisa receber um convite de alguém para entrar. Quando entra, você recebe o direito de convidar outras duas pessoas e conforme você participa das salas ou cria novas salas, vai recebendo mais convites.
Outra forma de entrar é se cadastrar e reservar um nome de usuário e entrar numa “fila de espera”. Em algum momento você aparecerá para alguns dos seus amigos já dentro da rede social e eles poderão lhe colocar na frente da fila.
Inicialmente a rede foi lançada apenas para iPhones, os usuários Android terão que esperar mais um pouco. Ainda não sabemos se é uma moda passageira, ou se a plataforma veio para ficar, o que sabemos é que hoje ela está com tudo.
Veja uma parte da definição dada para o Clubhouse pelos seus fundadores na mídia:
“O mundo não é uma monocultura e queremos que o Clubhouse reflita isso. Idealmente, a experiência é mais como uma praça da cidade, onde pessoas com diferentes origens, religiões, afiliações políticas, orientações sexuais, gêneros, etnias e ideias sobre o mundo se reúnem para compartilhar suas opiniões, serem ouvidas e aprender. Algumas dessas comunidades se reúnem para debater. Alguns vêm para relaxar e brincar. Outros organizam festas para ouvir e conversar ao lado da lareira. Achamos que muitos estilos devem ser apoiados e estamos trabalhando em ferramentas para ajudar todos a criar seu próprio espaço, aprofundar amizades, conhecer novas pessoas e ter discussões significativas da maneira que melhor lhes convier”.
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