Talvez você, mulher que esteja lendo esse artigo, já tenha em alguma parte da sua vida sonhado em ser mãe. Mas e se você estiver viajando, vivendo em um país completamente diferente? Você que sonha em estudar fora e também sonha com a maternidade, já se perguntou como seria ser mãe em outro país?
Seja quando criança brincando com suas bonecas, durante a adolescência quando teve o primeiro contato sexual com um parceiro ou então, agora mais experiente encarando a gravidez como uma dádiva mas que requer planejamento e consciência, afinal, você se torna responsável por uma nova vida no mundo.
Mas e quando (apesar de ser seu maior sonho) a gravidez acontece sem planejamento algum e o pior: longe de casa?

A Mayara Magnoni compartilhou a história dela e dos pequenos Théo e Marina conosco, e nos contou um pouco mais sobre os desafios de ser mãe em outro país, a alegria de juntar duas das melhores experiências da vida dela em uma só. Fazer um intercâmbio e ser mãe.
“A minha gravidez não foi nada planejada, apesar de ser o meu maior sonho.
Me descobrir gravida durante o intercâmbio, longe da família, num país onde (apesar de muito bom) a gestação é encarada de uma forma muito mais prática do que no Brasil, foi assustador.”
A Mayara chegou em Dublin no ano de 2010. No ano de 2014 descobriu que estava grávida de Théo, e em 2016 mais um presente estava chegando, a Marina. E no momento teve a maior dúvida do seu período de gestação: ter o filho na Irlanda ou dar a luz no Brasil?
“A qualidade de vida na Irlanda e a minha certeza de que parto normal era o melhor para mim e para o meu filho me fizeram decidir ficar.”
Pois é, se alguém imaginou que a principal dúvida seria em ter ou não a criança, isso jamais passou pela cabeça da Mayara. O aborto nunca foi uma opção e, ela sempre deixa claro que o seu maior sonho sempre foi ser mãe.

Assim como foi para Mayara, a família dela também levou um choque quando descobriu que a menina que saiu lá de Botucatu no interior de São Paulo, cheia de medos ao embarcar para estudar no exterior e que hoje, estava prestes a ser mãe em outro país e se tornar a chefe de uma nova família.
Mayara ainda conta que a gestação fora do brasil é encarada de forma muito mais prática do que no nosso país e que, a burocracia está muito longe de ser complicada na Europa:
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“Quando eu descobri a gravidez eu li muito, pesquisei muito e entrei em muitos fóruns à respeito de grávidas do Brasil. Acho que esse foi um grande erro.
Os médicos da Irlanda são bem práticos quanto a gestação e não entram em muitos detalhes à respeito do bebe.
Eu tive um acompanhamento bem bacana no meu pré-natal, parto e pós-parto e, apesar de sempre esperar mais informações e mais acolhimento, o que eu sempre gostei e falo quando me perguntam a respeito da experiência é que, além do apoio ao parto normal e amamentação, durante 10 dias após o parto uma enfermeira faz um acompanhamento da mãe e do bebê.
Checa o peso, saúde física e mental tanto da criança quanto da mãe, auxilia na amamentação… O que para uma mãe sem experiência e carregada de dúvidas e inseguranças é extremamente importante e enriquecedor.
Hoje me sinto completamente realizada! Gosto de brincar que ser mãe no intercâmbio foi o melhor susto da minha vida.
Ser mãe em outro país, criar um filho sozinha, longe de casa e da família é um desafio e tanto. Mas posso garantir para todos vocês que estão lendo esse artigo que eu, o Théo e a Marina estamos indo muito bem, obrigado.”

Mayara não foi a primeira e com toda certeza não será a última mulher a passar por essa experiência durante o intercâmbio, com isso, perguntei a ela o seguinte: se pudesse dar apenas um conselho para uma intercambista que se encontra hoje, na mesma situação que você estava lá em 2014, qual seria?
“Bom, o primeiro passo é decidir onde terá o bebê. Caso sua escolha seja a Irlanda, Europa ou seja lá qual lugar for, o ideal é esquecer como funciona o pré-natal no Brasil e procurar se informar sobre como é o procedimento no país.
Com isso você evitará frustrações e expectativas não concretizadas.
Fora isso, meu conselho é para aproveitar cada segundo desse momento mágico. Gerar uma vida é algo inexplicável. Sentir o bebê chutando é maravilhoso.
Dar a luz é incrível e segurar seu bebe pela primeira vez é algo que eu acredito, possa ser a melhor sensação do mundo.
Hoje eu digo com todas as palavras que sou uma mulher realizada após me tornar mãe e que, a Mayara de anos atrás está muito orgulhosa da pessoa que sou hoje.“